Jurisprudência - TST

I) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA 2ª RECLAMADA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA.

Por: Equipe Petições

Facebook icon
e-mail icon
WhatsApp

I) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA 2ª RECLAMADA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. UFU. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA E CULPA PRESUMIDA EM FACE DA INSOLVÊNCIA DA EMPRESA TERCEIRIZADA. CONTRARIEDADE À SÚMULA Nº 331, V, DO TST. PROVIMENTO. 1. APÓS A DECISÃO DO STF NA ADC 16 (REL. MIN. CEZAR PELUSO, DJE DE 08/09/11), NO SENTIDO DA CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, § 1º, DA LEI Nº 8.666/93, QUE EXIME A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DE RESPONSABILIDADE NOS CASOS DE TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS, O TST INSERIU O INCISO V NA SÚMULA Nº 331, AFASTANDO ESSA RESPONSABILIDADE NOS CASOS DE MERO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS PELA EMPRESA TERCEIRIZADA. 2. NO CASO, O REGIONAL IMPÔS A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA À UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA COM BASE NAS REGRAS DE DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA E EM CULPA PRESUMIDA, EM FACE DA INSOLVÊNCIA DA EMPRESA TERCEIRIZADA, O QUE ATRITA COM O VERBETE SUMULADO EM COMENTO, ESGRIMIDO PELA 2ª RECLAMADA EM SEU RECURSO DE REVISTA TRANCADO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. II) RECURSO DE REVISTA DA 2ª RECLAMADA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. UFU. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SÚMULA Nº 331, V, DO TST E PRECEDENTES DO STF NA ADC 16 E NO RE 760.931. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ABSOLVIDA. 1. O Supremo Tribunal Federal, ao revisitar o tema específico da responsabilidade subsidiária, após o reconhecimento da constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 na ADC 16, reafirmou o entendimento anterior, que veda a responsabilização automática da administração pública, só cabendo sua condenação se houver prova inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos (STF-RE 760.931, Red. Min. Luiz Fux, julgado em 30/03/17). Na ocasião, ficou vencida a relatora originária, Min. Rosa Weber, que sustentava que caberia à administração pública comprovar que fiscalizou devidamente o cumprimento do contrato, pois não se poderia exigir dos terceirizados o ônus de provar o descumprimento desse dever legal por parte da administração pública, beneficiada diretamente pela força de trabalho. 2. Assim, apenas nas hipóteses em que fique claro na decisão regional que foi comprovada a culpa in eligendo ou in vigilando da administração pública é que se poderia condená-la subsidiariamente. As hipóteses de culpa presumida ou decorrente de inversão do ônus da prova, como na de atribuição da responsabilidade por mero inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da prestadora de serviços, foram descartadas pelo Pretório Excelso nesse último julgamento. 3. Portanto, em face dos termos da decisão regional recorrida, tem- se por contrariada a Súmula nº 331, V, do TST, devendo ser absolvida a 2ª Reclamada da responsabilidade subsidiária que lhe foi imposta. Prejudicada a análise dos temas remanescentes. Recurso de revista provido. III) RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. ISONOMIA SALARIAL. REGIMES JURÍDICOS DISTINTOS. INAPLICABILIDADE DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 383 DA SBDI-1 DO TST. 1. O acórdão regional manteve a sentença que indeferiu o pedido de isonomia salarial entre a Reclamante, empregada da 1ª Reclamada (FAEPU), e os servidores públicos da 2ª Reclamada (UFU), porquanto submetidos a regimes jurídicos diferentes (celetista e estatutário, respectivamente). 2. Ora, o TST já sedimentou o entendimento de que a diretriz traçada pela Orientação Jurisprudencial 383 da SBDI-1 da Corte não se aplica à hipótese de trabalhadores vinculados por regimes jurídicos distintos, restando afastada, de plano, a isonomia salarial pretendida, conforme precedentes da SBDI-1 envolvendo as mesmas Reclamadas. 3. Logo, encontrando-se o acórdão recorrido em consonância com a iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte, incide sobre o recurso o obstáculo da Súmula nº 333 do TST. Recurso de revista obreiro não conhecido. (TST; RR 0000521-50.2013.5.03.0043; Quinta Turma; Rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho; DEJT 16/04/2019; Pág. 2219)

Facebook icon
e-mail icon
WhatsApp