Ação de Indenização por Bullying Social em Escola BC348
Características deste modelo de petição
Área do Direito: Consumidor
Tipo de Petição: Petições iniciais reais
Número de páginas: 33
Última atualização: 07/11/2015
Autor da petição: Alberto Bezerra
Ano da jurisprudência: 2015
Trata-se de Ação de Reparação de Danos Morais c/c preceito cominatório, com abrigo no art. 186 do Código Civil e outras normas pertinentes à hipótese, tendo como de importe fático a circunstância de a Autora da ação, menor de idade, ter sofrido dano moral por meio da prática de bullying social no âmbito escolar.
A Autora, segundo o relato estatuído na exordial, regularmente matriculada e cursando escola particular, vinha sofrendo, de forma contínua e acentuada, agressões físicas e verbais, maiormente em face de diminuta compleição física.
Particularmente tais agressões eram frequentemente feitas por determinado aluno, também menor.
--Em linhas iniciais destacou-se quanto à pertinência dos responsáveis pela indenização figurarem no pólo passivo da ação, no caso a escola e os pais do agressor( CC, art. 932, inc. I e IV ), agregando-se considerações doutrinárias e jurisprudencial a viabilizar tal ensejo.
Ventilou-se, mais, também com suporte em destaques doutrinários e jurisprudencial, acerca da incidência do CDC ao caso sub examine, além de demonstrar-se que a responsabilidade civil deveria ser objetiva tomada sob o ângulo da visão do Código de Defesa do Consumidor (art. 14) e, mais, sob o enfoque da teoria do risco, prevista no Código Civil.(art. 927)
Foram feitas estipulações, outrossim, da ocorrência do bullying social e suas consequências nefastas à pessoa da menor, maiormente com o resultado indenizatório previsto na legislação.
Pediu-se, por fim, a inversão do ônus da prova, em face da relação de consumo, com a condenação dos ofensores a indenizar a Autora, na medida do dano( CC, art. 944 ), além do dever custear o tratamento psicológico à Autora( CC, art. 949 ), tudo devidamente corrigido.( STJ, Súmulas 362 e 54 )
Foram inseridas notas de jurisprudência do ano de 2015.
EXISTE CERCEAMENTO DE DEFESA NAS HIPÓTESES EM QUE A PUBLICAÇÃO INCOMPLETA DE UMA DECISÃO PREJUDICA O DIREITO DE DEFESA DA PARTE. "APELAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. PRELIMINARES DE CERCEAMENTO DE DEFESA E DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM AFASTADAS. ALUNO QUE SOFRE BULLYING NA ESCOLA ONDE ESTUDAVA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DESTA ÚLTIMA. ART. 14º DO CDC. VALOR DA CONDENAÇÃO. PARÂMETROS. SENTENÇA MONOCRÁTICA MANTIDA. NÃO HÁ QUE SE FALAR EM CERCEAMENTO DE DEFESA DO RÉU QUE ALEGA QUE DA PUBLICAÇÃO DA INTIMAÇÃO PARA A APRESENTAÇÃO DO ROL DE TESTEMUNHAS NÃO CONSTOU O PRAZO DE DEZ DIAS, MAS QUE NÃO FAZ NENHUMA PROVA A TAL RESPEITO NOS AUTOS.
Não são partes ilegítimas os autores que propõem ação de indenização por dano moral em nome próprio, em razão do bullying sofrido pelo filho de ambos na escola onde este último estudava, eis que, in casu, aplica-se a teoria do dano indireto ou dano por ricochete, haja vista o evidente o sofrimento vivenciado pelos mesmos com tal situação. É objetiva (art. 14º, CDC) a responsabilidade de instituição de ensino que permite que aluno nela matriculado sofra violência física e verbal de seus colegas, nada fazendo para prevenir tal situação ou punir os autores de tal agressão. A fixação do valor devido a título de indenização por danos morais deve se dar com prudente arbítrio, para que não haja enriquecimento à custa do empobrecimento alheio, mas também para que o valor não seja irrisório". (TJMG; APCV 1.0024.11.306199-8/001; Rel. Des. Rogério Medeiros; Julg. 25/06/2015; DJEMG 03/07/2015)
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